Criatividade

O Tempo é precioso. Você adianta o relógio para poder chegar mais cedo e cumprir seus compromissos? Se a resposta é não, saiba que muita gente o faz. Supostamente, esses minutinhos nos fariam levantar e fazer tudo mais cedo para chegar com tempo de sobra no trabalho, escola e eventos sociais.
Mas isso nem sempre funciona: ao acordar, pensamos: tenho mais uns 10 minutinhos para ficar na cama. Vou levantar às sete e dez – já que será sete horas para o mundo. Assim, sabotamos nosso dia inteiro e nossa produtividade, dando adeus a coisas importantes como a Economia do Tempo.
O tempo cronológico é diferente do tempo psicológico. Como? Para as leis da Física um minuto dura sessenta segundos, que por sua vez pode ser subdivido em outras unidades métricas. Não importa o que aconteça no mundo, um minuto sempre será um minuto.
Dependendo do nossos pensamentos e sentimentos, um minuto pode durar tempos psicológicos diferentes. Quando estamos ansiosos ou entediados para que algo aconteça, ele pode durar uma ‘eternidade’. Se fazemos algo que nos dá prazer e nos diverte, um minuto pode passar num “piscar de olhos”.
A psicóloga Claudia Hammond explora o tema no livro Time Warped (O Tempo Deformado, sem tradução para o Brasil). Nele, ela explica o Paradoxo das Férias. Segundo a autora, medimos o tempo pela quantidade de memórias novas que armazenamos. Exemplo: você sai durante um fim de semana e ao experimentar novas sensações, emoções, lugares e práticas, tem a sensação que o tempo passou bem rápido. Mas quando pára e pensa sobre suas novas memórias, tem a sensação que ‘aproveitou o tempo’; de que ‘deu tempo de fazer tudo o que queria’. Tudo parece ter durado muito mais, passado mais devagar.
Portanto, sugerimos a você dois desafios:
1) Atrase seu relógio 10 minutos.
Assim, quando forem sete horas “para o mundo”, serão seis e cinquenta para você. Ao fazer isso mudará o seu paradigma e você estará sempre “atrasado” e correndo para não entrar nestes 10 minutos. Quando usá-los, você poderá “saborear” este tempo.
2) Mude sempre, experimente.
Mude o caminho para o trabalho, coma um sanduíche diferente quando for a uma lanchonete, fale com um colega de trabalho que nunca conversou, viaje, experimente novos lugares, faça coisas criativas.
É preciso gastar tempo com aquilo que vai nos tornar o que queremos ser, não com aquilo que as pessoas querem que sejamos. Assim você vai viver melhor e “mais devagar”, saboreando cada segundo.