Marketing Digital

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A partir desta terça-feira, o Google fez uma atualização importante em seus critérios de classificação de busca móvel, transformando a vida de empresas que contam com o buscador para impactar seus clientes em potencial. 

A empresa colocou em atividade um novo algoritmo que modificou a ordem em que os sites são classificados quando os usuários executam pesquisas a partir de smartphones ou tablets. 

Segundo reportagem publicada no site Business Insider, o novo algoritmo vai claramente priorizar os site adaptados para a navegação por dispositivos móveis no critério de seleção. 

Fatores como tamanho dos textos, facilidade de aceso a links e cliques, e o redimensionamento do site para se adaptar a telas menores serão considerados fundamentais. E quem não se adaptar ao formato será relegado ás piores posições nos resultados de pesquisa, praticamente sumindo do raio de visão do usuário dentro do buscador.

A mudança não vai afetar quem navega na web através de computadores tradicionais, os desktops, embora hoje em dia sabe-se que por volta de 60% dos consumidores globais fazem suas operações virtuais a partir de um celular ou um tablet.

E é justamente ai onde começam os problemas para o pequeno empresário brasileiro. Muitos negócios de pequeno porte não contam ainda com uma versão de seu site adaptável para os dispositivos móveis.

Respaldados por levantamentos como o F/Radar - estudo realizado pela agência F/Nazca aponta que quase a metade dos internautas brasileiros faz uso de tablets e smartphones para acessar a internet -, os especialistas dão como urgente e obrigatória a conversão das home pages corporativas para uma tecnologia capaz de se adequar a qualquer dispositivo.

Os custos de adaptação à nova tecnologia, como todo investimento na internet, dependem do nível de sofisticação programada. Mas em agências e consultorias especializadas, os preços partem de 30% do desembolso já realizado com a versão tradicional do site, podendo alcançar até três vezes o valor total da página da empresa na web. 

“Acho cada vez mais fundamental. É inevitável preparar o site para celulares e tablets. O investimento, devido ao custo e benefício, vai se diluindo com o tempo”, afirma Lucas Longo, fundador e professor do Instituto de Artes Interativas.

Leandro Ginane, sócio da deviceLab, consultoria especializada em teste de eficiência de sites e aplicativos, vai além. Para ele, a migração de tecnologia é questão de vida ou morte nos negócios atualmente.

"Independentemente da forma que está sendo acessado, se por smartphone ou desktop, se um site demorar mais do que três segundos para abrir, temos pesquisas que comprovam, 57% das pessoas tendem a abandonar a página. Se você tem um site que é projetado apenas para desktop, é natural que ele seja mais pesado no mobile”, afirma o especialista.

Ginane é defensor de uma tecnologia chamada ‘design resposivo’, que reconhece o tipo do aparelho que acessa a internet e adapta o layout e os recursos da página para ampliar a capacidade de navegação. “O problema é que, no Brasil, o empresário ainda não se atentou para isso. Acontece muito de se acessar um site pelo celular e aparecer aquele formato em que as letrinhas ficam pequenas e o leitor fica aumentando com o zoom, com os dois dedos, para poder ler. Essa é uma situação péssima de uso”, destaca Ginane. 

Com relação aos aplicativos, que ficam como ícones de atalho nos dispositivos, a sugestão de Luiz Carlos Vieira, professor do curso de pós-graduação em gestão em web do Centro Universitário Senac, é de que o empresário deve ter cautela. “O aplicativo é muito interessante, mas exige um investimento maior e só vai funcionar quando o site oferecer um serviço adicional e recorrente aos clientes.”