Parece que o Facebook deu o seu primeiro passo rumo ao sistema de streaming. Após o jornal "The Wall Street Journal" revelar que a empresa de Mark Zuckerberg procurava fazer uma parceria com Hollywood para criar programas próprios, a rede social anunciou sua plataforma on demand. Batizada de Watch, o serviço será gratuito e deve concorrer diretamente com gigantes como Netflix e YouTube.
Inicialmente o Watch será testado apenas para um grupo seleto de produtores de conteúdo nos Estados Unidos. Para usá-lo basta acessar uma aba do Facebook que ficará disponível para os usuários. De acordo com o diretor de produtos da rede social, Daniel Danker, o sistema de streaming será compatível com desktop, mobile e Smart TV.
"Os programas trazem episódios – ao vivo ou gravados – e seguem um tema ou enredo. Para ajudá-lo a acompanhar os programas que você segue, o Watch tem uma Watchlist para que você nunca perca os últimos episódios", afirma, no blog do Facebook.
Além disso, a ideia é que o conteúdo seja personalizado, sugerindo vídeos com base no que os seus amigos e comunidades estiverem assistindo. Entre as seções apresentadas estão "Mais Comentados", "O que está fazendo as pessoas rirem" e "O que amigos estão assistindo".
"Aprendemos com o Facebook Live que os comentários e as reações de pessoas a um vídeo são muitas vezes tão parte da experiência quanto o próprio vídeo. Então, quando você assistir a um programa, você poderá ver comentários e se conectar com amigos e outros espectadores enquanto assiste, ou participar de um grupo no Facebook dedicado ao programa", detaca Daniel Danker.
E parece que o Facebook quer brigar diretamente com o seu rival YouTube. Após priorizar o alcance de vídeos publicados diretamente na plataforma em detrimento daqueles que foram embedados, a rede social parece buscar agora os youtubers. "O Watch é uma plataforma para que todos os criadores de conteúdo e veículos de mídia possam encontrar uma audiência, criar uma comunidade de fãs e ganhar dinheiro por seu trabalho", diz Daniel Danker.
Em meio a uma variedade de programas, cuja descrição se assemelha ao que já é utilizado através do Facebook Live, o diretor de produtos destacou alguns deles. O primeiro está relacionado com aqueles que "engajam fãs e a comunidade". O exemplo utilizado é um jornal, que pode fazer vídeos diários para fãs de todo o mundo. O segundo se refere aos "Programas ao vivo que se conectam diretamente os fãs". Exemplo? Uma celebridade que utiliza o mecanismo para se conectar com os fãs e responder perguntas.
Em seguida temos "Programas que seguem uma narrativa ou um tema consistente". Nesse caso estamos falando de episódios, que podem ser, por exemplo, de um reality show. Por fim, há o "Eventos ao vivo que reúnem comunidades". Como o próprio nome já diz, se trata de eventos maiores realizados ao vivo, como jogos ou competições de eSports.
"Acreditamos que o Watch será o espaço de uma ampla gama de programas, de reality show à comédia e ao esporte ao vivo. Para ajudar a inspirar criadores e impulsionar o ecossistema, também financiamos alguns programas que são exemplos de séries de vídeo com episódios e orientadas para a comunidade", explica Daniel Danker.
Inicialmente o Watch será gratuito, mas ainda não há uma data para que ele seja liberado para o público geral. No blog do Facebook, Daniel Danker apenas afirma que o plano é "levar a experiência a mais pessoas em breve".
por Ana Carolina Porto
Fonte: www.preparadopravaler.com.br