O surto mundial de coronavírus mudou a relação de consumo das pessoas. Nesses momentos é comum enfatizarem apenas o problema. Mas a reeducação sanitária e e-commerce são as melhores alternativas para o comércio
O momento é uma oportunidade para a gente se reeducar com relação à nossa saúde e higiene. Os principais cuidados de prevenção são coisas que devem ser feitas diariamente. São condutas básicas, como lavar bem as mãos com água e sabão; evitar passar as mãos na boca, nos olhos e no rosto em geral; evitar lugares com pouca ou sem qualquer ventilação, etc. São medidas importantes que evitam diversos tipos de doenças, desde as mais simples até as mais complexas.
Por outro lado, o surto de coronavírus também é uma oportunidade de crescimento para o comércio eletrônico brasileiro, que continua em ascensão: em 2010, obteve um faturamento de R$ 16,8 bilhões. Em 2019, 9 anos depois, esse número subiu para R$ 75,1 bilhões, segundo Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).
Mas, apesar desse aumento bastante significativo, o e-commerce, em 2019, representava apenas cerca de 5% do varejo brasileiro como um todo. Portanto, há muito espaço para crescer.
Como as pessoas farão para comprar produtos básicos para a sobrevivência, como alimentos, materiais de higiene ou qualquer outro produto que queira em tempos de pandemia?
Antigamente, não tínhamos muitas alternativas, mas hoje é possível comprar quase tudo em lojas virtuais. Hoje, até supermercados já vendem carne fresca pela internet. Também já é possível comprar muitos remédios por esse canal, assim como outros tipos de produtos farmacêuticos, alimentos, roupas, enfim, a gama é imensa.
Por isso, o varejo online tem uma grande oportunidade de crescimento, como eu nunca vi antes. Mas, mais do que isso, surge também como uma alternativa bastante eficaz a esse momento crítico. Um caminho para que as pessoas não precisem parar suas vidas completamente e também para que os varejistas offline não se prejudiquem tanto com a situação.
Se você tem uma loja física e uma loja virtual, comece agora mesmo a investir na loja virtual. Faça uma campanha de reeducação com os seus clientes. Apresente os canais online da sua loja, ligue para eles e os convide a continuar consumindo pela internet.
Assim, mesmo que precise fechar a loja física ou que ela esteja vazia por conta da quarentena, você terá esse outro canal de negócio — que será, inclusive, um diferencial em tempos como esses.
Mas lembre-se de que a concorrência no varejo online será ainda maior nesse período e as lojas que oferecem a melhor experiência de compra sairão na frente.